Em 2024, o Brasil registrou uma das maiores retiradas de capital estrangeiro dos últimos anos. Isso representou um fluxo cambial negativo de US$ 15,9 bilhões, entrando como a terceira maior saída líquida de capital desde 2008.
Em 2019 e 2020, anos marcados pela pandemia da Covid-19, a retirada em dólares foi de US$ 44,768 bilhões e US$ 27, 923 bilhões, respectivamente. Ao longo de 2024 o dólar teve uma grande valorização, começando o ano em US$ 4,85 e fechando dezembro em US$ 6,18.
Isso se deu por alguns fatores como a decisão da eleição de Donald Trump para 2025, e a conclusão do pacote de corte de gastos, que aconteceu no fim de novembro.
Medidas tomadas:
Diante desse cenário, o Banco Central tomou algumas medidas como a venda de moeda no mercado de câmbio. Foi a maior injeção de recursos em um único mês desde a implementação do regime de câmbio flutuante em 1999, somando US$ 21,5 bilhões ofertados (aproximadamente 6% das reservas do País) em leilões à vista no mercado.
No final do último ano, o fluxo cambial financeiro negativo foi de US$ 84,39 bilhões, resultado de US$ 589,98 bilhões em compras e US$ 674,385 bilhões em vendas. Com tantas intervenções, as reservas internacionais do Brasil sofreram uma queda de 8,46% entre novembro e dezembro, sendo a maior desde 2008. Em termos nominais, as reservas caíram de US$ 363 bilhões para US$ 332,3 bilhões, o menor valor desde fevereiro de 2023.
Essas mudanças levam em conta investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucros, pagamentos de juros, entre outras transações.