28|03|2024

Ata do Copom: incertezas no contexto internacional e doméstico

Banco Central destaca Aumento da Incerteza Internacional e Doméstica

O Banco Central do Brasil revelou hoje a ata da última reunião do Copom, onde a taxa Selic foi reduzida de 11,25% para 10,75%, com uma mudança na orientação futura da política monetária, indicando um corte similar apenas “para a próxima reunião”. O documento ressalta a crescente incerteza tanto no cenário internacional quanto doméstico.

 

Cenário Internacional:

A ata destaca a preocupação do comitê com a convergência da inflação nos EUA para a meta, refletindo surpresas positivas na atividade econômica e no mercado de trabalho. Isso eleva a incerteza no processo de desinflação atual, exigindo cautela na política monetária.

 

Cenário Doméstico:

A atividade econômica mantém sua resiliência, com o mercado de trabalho sendo objeto de discussão. A autoridade monetária expressa preocupação com os possíveis efeitos do mercado de trabalho apertado sobre a inflação de serviços, especialmente a expansão da renda real.

 

Inflação de Curto Prazo:

A dinâmica favorável dos bens industrializados lidera o processo de desinflação, enquanto a inflação de serviços e seus componentes subjacentes continuam surpreendendo. O Copom enfatiza a importância do mercado de trabalho e da demanda agregada nesse processo.

 

Perspectivas Futuras:

Diante das incertezas, o Copom optou por maior flexibilidade na política monetária, reconhecendo a necessidade de acompanhamento próximo das expectativas de inflação. Destaca-se que essa mudança não indica uma alteração no ciclo da política monetária conforme o cenário-base.

 

Dessa forma, ata do Copom reforça uma perspectiva de alta na projeção da taxa Selic para 9,00% até o final de 2024, com uma possível desaceleração no ritmo de corte da taxa básica de juros a partir de junho.


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