Depois da última reunião do Copom, quarta-feira, (7), a definição da nova taxa básica de juros, a Selic, avançou 0,5 ponto percentual e chegou a 14,75%. Com isso, hoje, o Brasil possui um dos maiores juros do mundo, e está no maior nível em quase duas décadas.
Depois de atingir 10,50% ao ano em junho, e permanecer nesse valor até agosto do ano passado. A taxa passou a ser elevada a partir de setembro.
Com um juro real de 8,65%, o país fica atrás apenas de Turquia (10,47%) e Rússia (9,17%), mas à frente da África do Sul (6,61%), e Colômbia (4,68%). Especialistas afirmam que a média mundial é de 1,60%.
Nos últimos meses, a tendência mundial foi de poucos aumentos nas taxas de juros. A maior parte deles, apenas manutenção. No entanto, os cortes ganharam força em diversos países.
Por que a taxa continua subindo no Brasil?
A decisão de elevar a taxa Selic veio, principalmente, da incerteza do cenário global. Diante das mudanças constantes de juros dos Estados Unidos, a medida foi como de “segurança”. A guerra tarifária que vem acontecendo, acabou alterando o preço de importações e exportações e, por enquanto, países emergentes continuam agindo com cautela, reflexo também da tensão geopolítica.
A previsão dos economistas ouvidos pelo Banco Central no último Boletim Focus é de que a Selic termine 2025 em 14,75% ao ano.