O recente debate para os avanços do novo  Código Comercial Brasileiro, propôs  uma significativa melhora no ambiente de negócios no Brasil, eliminando travas nas relações entre empresas, causando na verdade um grande repúdio e preocupação com as mudanças impostas.

Uma empresa estrangeira demorará 30% a mais para abrir uma empresa no Brasil, estamos falando de tempo e trabalho.

Com a nova lei, a empresa deverá cumprir mais de 15 procedimentos, pagar R$ 173.000,00 e levar 198 dias para começar a atuar no País.

Um recente caso de uma indústria automobilística alemã, que abriu uma sede em Santa Catarina e na sua inauguração, apresentou um slide com uma relação de 45 documentos entre contratos e licenças dos mais variados tipos de exigências. Na apresentação, comemorou-se muito mais o fato de que conseguiram a juntada de documentos do que propriamente a abertura da filial brasileira.

Observando a estrutura da economia brasileira, o que nos impede de crescer é a falta de investimento público e privado.

O investimento privado é surpreendido pelo alto custo antes mesmo de começar a produzir ou vender. Antes de concluir qualquer etapa, a empresa já está pagando impostos.

No Brasil isso não é novidade: pagar impostos antes de sequer concretizar o primeiro negócio.

O Brasil tem uma das menores poupanças do mundo, chegando a 13% do PIB. A China poupa 40% do PIB.

Precisamos de poupanças externas para compensar a falta de poupança brasileira. E com tantas burocracias, o Brasil deixará de crescer, de gerar empregos e continuará despejando seu dinheiro fora do País.

O Banco Central afirmou que, os brasileiros gastaram em abril/2014 , US$ 2,34 bilhões, valor recorde da série histórica iniciada em 1947 pelo Banco Central.

Excesso de regras para quê? O governo precisa controlar e regular tudo? É uma situação esdrúxula já que o Brasil precisa de investimentos externos.

É a cultura brasileira causando verdadeiros desastres em nossa tão frágil economia.

O  Código Comercial Brasileiro foi parcialmente revogado em 2002, com a entrada do novo Código Civil. O novo Código Comercial tem votação prevista para 2015.

Andreia Naim Finianos

Graduada em Direito e Contabilidade; Pós-Graduada em Direito Tributário com especializações nas áreas fiscal e contábil; Trainer SAP e Consultora certificada pela Academia SAP Business One; Sócia-Diretora da SkillConsulting, uma empresa do Grupo Skill.


Compartilhe nas redes
Deixe seu comentário

14 − 8 =