Global Human Capital Trends 2014Atrair, desenvolver, reter talentos não parece ser novidade para Recursos Humanos. Certo?

Errado, porque na prática não é bem assim que as coisas funcionam, conforme estudo, sob o título “Tendências Globais do Capital Humano 2014”, realizado por duas consultorias mundiais que dominam este assunto e comentado pelo Valor Econômico na matéria “Um dos Maiores desafios do RH ainda é a formação de líderes“. O estudo revela questões críticas e dificuldades comuns às empresas no mundo: 86% de dificuldade de desenvolver Liderança; 79% de retenção e engajamento de talentos; e 77% de flexibilização da área de RH. Este estudo foi realizado com 2.500 executivos de recursos humanos que representaram 94 países e o resultado é no mínimo intrigante. No Brasil, o resultado foi pior ainda, ultrapassando 90% nesses itens.

Em tempos, debatemos diversos temas relevantes como Jogos da Copa (feriados), Governança Corporativa, Sustentabilidade, Responsabilidade Social, Big Brother com SPEDs e fresquinho o eSocial, Valorização do Capital Humano, Corrupção Corporativa, Computação em nuvem…e por aí vai. De repente nos deparamos com uma revelação tão óbvia, dificuldades apuradas no estudo que já deveriam ter sido superadas, não por serem menos importantes, ao contrário, por tamanha importância e serem a base para todo o restante.

Em teoria, sabemos que o valor que temos para as organizações está em nosso conhecimento e que as pessoas são o seu mais importante patrimônio. Entretanto, como deixamos esta questão tão de escanteio? Aqui vale “um cartão amarelo” (por enquanto sem expulsão) para o profissional de Recursos Humanos que se julgar competente no que faz, o Craque que se diz totalmente preparado, a Empresa que se preocupa com sucessão e o Candidato que busca oportunidade.

Concentração: RH necessita rever seu papel e importância nas organizações assumindo definitivamente uma função estratégica, ter foco em resultado e trabalhar diretamente com o principal executivo, conhecendo bem a regra do jogo para montar um time apto a vencer. A Empresa deve direcionar bem os seus investimentos em pessoas buscando, primordialmente, potencializar as habilidades de seu time. O craque deve deixar o estrelismo de lado e mostrar sua essência com generosidade colaborando no sentindo de formar um time forte de pessoas talentosas e que se complementam. Os candidatos terem um objetivo que não seja permanecer no banco de reservas. Com isto, teremos tudo para bater um bolão, virar o jogo revertendo os indicadores com excelentes resultados e perseguir a vitória.

Todos querem o craque, mas quando o temos não conseguimos envolvê-lo de forma que saiba jogar em equipe, valorizar ainda mais os resultados obtidos em conjunto e por vezes nos enganamos o colocando em pedestal. Para as empresas que se diferenciam porque contam com um ou mais craques: não o perca, invista sim, mas deixe claro o que espera dele, um ato de sabedoria, que é compartilhar o conhecimento em busca de novos craques.

Todos estamos escalados a pensar grande, como um Time de Craques para a esperada hora de comemorar e correr para o abraço.

Viviam Regina Posterli

Administradora de Empresas e Secretária Executiva, Pós-graduada em Gestão Empresarial, MBA em Gestão e Desenvolvimento de Pessoas e MIT em Gestão de Tecnologia da Informação. Trajetória de 23 anos em Gestão Empresarial focando Processos, Pessoas e Tecnologia. Faz parte do Grupo SKILL há mais de 20 anos, atualmente como CIO.


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